12/08/2020
De nome um tanto quanto difícil e complexo, a Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) é usada para definir um distúrbio comum, que provoca momentos súbitos de vertigem aguda de curta duração, estimulados por mudanças na posição da cabeça (falsa sensação de giro) para certas direções.
Pessoas que apresentam vertigem têm a sensação equivocada de que elas, o ambiente, ou ambos, estão girando, por isso a maioria descreve ter a impressão incômoda de tontura e, eventualmente, náuseas e vômitos.
CAUSAS
Como abordado inicialmente a VPPB é um distúrbio da orelha interna, que provoca tonturas de curta duração. A teoria mais difundida para explicar a estrutura do transtorno é que ele ocorre em função de determinados movimentos da cabeça que acarretam o afastamento de fragmentos das otocônias presentes no utrículo para os canais semicirculares, dentre eles o canal semicircular posterior é o mais acometido.
Pelo fato de não conseguirem ser reabsorvidos, passam a produzir uma irritação apta a gerar crises rápidas de tontura ao mudar a posição da cabeça em ações corriqueiras do dia a dia. Na maioria dos casos, em torno de 70%, a doença tem causa indeterminada, não esclarecida.
SINTOMAS
Os eventos de VPPB possuem variação relacionada à frequência, duração e gravidade dos estados. Via de regra, o sintoma mais presente é a falsa sensação de que tudo está girando (vertigem) ou que você está rodopiando em torno de si mesma.
Outros sintomas que também podem se manifestar são:
• Náuseas;
• Vômitos;
• Desequilíbrio;
• Instabilidade postural e o nistagmo;
• Mudança do sistema vestibular (caracterizado pelo movimento involuntário de um ou dos dois olhos).
Geralmente estes quadro não são acompanhados de perda auditiva ou ao zumbido, porém sabe-se que afeta a nitidez da imagem e que volta à normalidade aos poucos. A preocupação maior ocorre quando repentinamente a vertigem se manifesta em situações de possível risco, como atravessar ruas movimentadas, dirigir um carro, descer escadas, etc.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico geralmente é baseado na descrição dos sintomas e da forma como se manifestam no paciente. A manobra de Dix-Hallpike é a mais utilizada no consultório para o diagnóstico e verificar qual lado está acometido.
Ainda é possível que o médico peça exames de imagem, como (ressonância magnética), eletrofisiológicos (BERA, VEMP), eletronistagmografia. Estes podem ser úteis para diagnóstico diferencial com outras patologias que causam tonturas.
TRATAMENTO
A VPPB é tratada de forma simples. As partículas precisam ser direcionadas para fora do canal semicircular, onde estimulam a ocorrência das vertigens, e trazidas de volta para o utrículo, no vestíbulo da orelha interna.
Para isso, é necessário fazer uma manobra chamada de reposicionamento canalicular, como a manobra de Epley, em que é realizada uma série de movimentos e posições da cabeça e do corpo com o objetivo de liberar e reposicionar as partículas de cristais.
Ela contribui para a melhora imediata da vertigem em quase 90% das pessoas. Se a recuperação não for completa os movimentos podem ser repetidos.
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